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Valor da cesta básica cai em quatro das oito capitais pesquisadas e Rio de Janeiro segue tendo a cesta mais cara

Monitoramento feito pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE em oito capitais brasileiras mostra que, em julho, Curitiba apresentou a maior queda, com variação de -12,3%; Mesmo com a cesta mais cara entre as capitais, nos últimos seis meses, o Rio de Janeiro registrou a maior queda no valor da cesta básica, com -9,7%; Café e frango estão mais caros em sete das oito capitais analisadas;

Por: Redação Fonte: RPMA
07/08/2024 às 10h46
Valor da cesta básica cai em quatro das oito capitais pesquisadas e Rio de Janeiro segue tendo a cesta mais cara
Imagem de Steve Buissinne por Pixabay

O preço médio da cesta de consumo básica de alimentos de julho/24 caiu em relação ao mês anterior em quatro das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE. 

As cidades que registraram as maiores quedas foram Curitiba Rio de Janeiro, com variação de –12,3% e –7,1%, respectivamente. Já Manaus e Brasília foram as cidades que apresentaram os maiores aumentos nos valores da cesta - 8,7% e 3,8%, respectivamente.

Mesmo com a retração apresentada em julho, a cesta de consumo básica mais cara continua a ser a do Rio de Janeiro (R$ 912,23), seguida por São Paulo (R$ 910,81) e Brasília (R$ 826,27). Em contrapartida, Belo Horizonte (R$ 669,15), Curitiba (R$ 722,61), e Salvador (R$ 770,58) foram as cidades identificadas com os menores custos de aquisição.

Tabela 1 – Valores da Cesta de Consumo básica por capital em julho/24

Dos 18 gêneros alimentícios da cesta básica, o café em pó e em grãos e o frango registraram aumento nos preços em sete das oito capitais abrangidas pela pesquisa.

 

Tabela 2 – Produtos com maiores aumentos de preços médios da cesta de consumo básica nas capitais em julho/24

Segundo Anna Carolina Veiga Fercher, head de Customer Success e Insights da Neogrid, o aumento no preço do café em sete das oito capitais é consequência das variações climáticas que ocorreram ao longo de 2023 e ainda afetam o rendimento da colheita, em especial dos grãos, que necessitam de tempo entre o desenvolvimento e a recolha. Além disso, a desvalorização da moeda brasileira contribuiu para o aumento da exportação, impulsionando o avanço nos preços internos.  Já a alta no preço do frango e dos ovos está relacionada ao repasse do aumento no custo de produção e/ou ao aumento da exportação, que reduz a disponibilidade dos produtos no mercado nacional.

Por outro lado, das categorias de produtos que apresentaram queda de preço em algumas capitais destacam-se pão, feijão e açúcar, além de outros itens listados na tabela abaixo:

Tabela 3 – Produtos com maiores quedas nos preços médios da cesta de consumo básica na maioria das capitais em julho/24

A variação acumulada dos últimos seis meses no valor da cesta básica subiu em cinco das oito capitais, sendo em Manaus a mais significativa, com 10,0% de aumento. Em três capitais foi observada redução da variação acumulada no mesmo período, com destaque para o Rio de Janeiro, com queda de –9,7%. 

Tabela 4 – Valores da cesta de consumo básica (R$) e variação (%) acumulada nos últimos 6 meses

Levando-se em consideração todas as capitais abrangidas pela pesquisa, nos últimos seis meses, os gêneros alimentícios da cesta básica que registraram as maiores altas de preços estão representados nas tabelas a seguir. 

Tabela 5 – Alimentos da cesta básica que mais subiram de preço nos últimos 6 meses. 

Cesta de consumo ampliada

Quanto à cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além dos alimentos, houve redução no valor médio em cinco das oito capitais analisadas, variando entre –7,8% e -2,6%. As cidades que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada continuam sendo Rio de Janeiro (R$ 2.105,20) e São Paulo (R$ 2.082,47). Salvador e Manaus tiveram os menores valores da cesta ampliada, com R$ 1.646,17 e R$ 1.715,99, respectivamente.

O comportamento da cesta de consumo ampliada seguiu a tendência da cesta básica, sugerindo que o movimento nos preços afetou não somente os alimentos básicos, mas demais produtos frequentemente presentes nos carrinhos de compras do consumidor.

Tabela 6 – Valores da cesta de consumo ampliada por capital em julho/24

Dos 33 produtos da cesta ampliada, nenhum deles registrou aumento no preço simultaneamente nas capitais pesquisadas pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE.  

Tabela 7 – Produtos com maiores aumento de preços médios na cesta ampliada em julho/24

A ligeira redução no valor da cesta básica, assim como a estabilidade de preço nas capitais, em julho, refletem a leve estabilização após adversidades climáticas que afetaram estados que são grandes produtores de legumes e grãos importantes na alimentação e reduziram a oferta no mercado interno. Aumentos em categorias importantes e o preço ainda elevado afetam, especialmente, os consumidores de mais baixa renda, que gastam a maior parte de seu orçamento doméstico com alimentação.

 

Sobre a Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE

A HORUS Inteligência de Mercado, solução do ecossistema Neogrid (https://www.ehorus.com.br/), e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - FGV IBRE (https://portalibre.fgv.br/) se uniram para lançar a plataforma Cesta de Consumo. O serviço monitora a variação de preço de duas cestas de consumo típicas brasileiras pela análise da leitura mensal de mais de 35 milhões de notas fiscais: a Cesta de Consumo Básica, que conta com 22 alimentos básicos com maior presença nas compras do shopper, e a Cesta de Consumo Ampliada, contendo mais de 50 produtos de consumo, incluindo bebidas e itens de limpeza, higiene e beleza. 

A plataforma, que pode ser acessada no link https://cestaconsumo.ehorus.com.br/, monitora a variação e o comportamento dos preços nas oito maiores capitais brasileiras em população - Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, e os produtos e quantidades analisados variam conforme os hábitos de consumo locais.

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